Abaixo segue a matéria que saiu no Estadão do fim de semana. 12 MIL USUÁRIOS É NO MÍNIMO EXAGERADO!
Abraços a todos e boa leitura,
Prof Mário Mello
USP quer cobrar taxa de grupos de atletas por treino no câmpus
USP chega a receber 12 mil atletas aos sábados
Profissionais de corrida que usam a Cidade Universitária da Universidade de
São Paulo (USP) para treinar em grupo estarão sujeitos a pagar pelo uso do local
a partir do ano que vem. Os valores ainda não foram definidos, mas a medida faz
parte de um pacote preparado para disciplinar o uso do local, na zona oeste da
capital paulista. A instituição também estuda cobrar taxa de estacionamento de
pessoas de fora do câmpus.
A cobrança para atletas está sendo discutida com a Associação de Treinadores
de Corridas de São Paulo (ATC). A proposta, elaborada pelo Fórum Permanente
sobre Espaço Público, será encaminhada entre outubro e dezembro ao Conselho
Gestor da USP para apreciação, segundo Cristina Guarnieri, da Divisão de
Relações Institucionais da Coordenadoria do Câmpus da Capital (Cocesp). "Nossa
intenção não é proibir nada. Essa taxa diz respeito apenas a grupos de
corredores. É preciso haver ordem, senão vira bagunça."
Levantamento da USP apontou que cerca de 120 profissionais treinam, em média,
120 alunos cada, levando aproximadamente 12 mil corredores, principalmente aos
sábados, à USP.
Martha Dallari, vice-presidente da ATC, diz não ser contra o pagamento da
taxa, mas afirmou que a entidade encaminhou à USP propostas para contribuir de
outras formas com a universidade pelo uso do câmpus. Uma delas é o recolhimento
do lixo para ser reciclado e usado no mobiliário urbano.
Dono da assessoria Topnotch, o treinador Douglas Melo também não é contra a
cobrança, mas sugere que a verba seja revertida para a instalação de banheiros
químicos e ambulância para atendimento dos atletas.
A arquiteta e urbanista Lucila Lacreta, diretora do Movimento Defenda São
Paulo, vê com ressalvas a cobrança para treinadores de atletas. "Essa área é
pública. Teve um investimento enorme da sociedade para ser uma das maiores
universidades do mundo. Se o cidadão usa algum prédio, pode até ser cobrado. Mas
na rua, não."
Quanto à cobrança de estacionamento, Cristina diz que não há consenso. "Muita
gente deixa o carro para trabalhar ou estudar fora. Precisamos discutir como
resolver isso."
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